Analisar e aproveitar o big data da internet das coisas será o segundo desafio. O volume de informação gerado por aparelhos conectados vai crescer exponencialmente. “A internet das coisas não é somente a conexão de câmeras, cozinhas ou veículos”, afirma Todd Krautkremer, vice-presidente do serviço de computação em nuvem Pertino. As empresas precisarão analisar essa montanha de dados para realizar projetos que sejam relevantes e impactantes. “Mas como tornar esse big data inteligível e acessível do ponto de vista de negócios?”, lança ele o desafio.
Aí entra a terceira tendência: a importância da computação em nuvem para garantir que todos os equipamentos conectados sejam devidamente monitorados e atualizados em tempo real. No caso dos negócios, o mais importante é garantir o acesso aos dados coletados para definir as melhores soluções em relação aos clientes – sua maior prioridade. “Empresas têm de acompanhar atentamente as experiências de seus clientes”, aconselha Linda Smith, CMO da empresa de computação em nuvem Twilio. Sobretudo as pequenas empresas devem se valer dessas informações para poder competir com corporações maiores, que geralmente dispõem de serviços próprios nessa área.
A quarta tendência é um alerta: os riscos de segurança crescerão à medida que mais e mais equipamentos se conectarem entre si. “Se um equipamento está conectado, então pode ser hackeado. Com sistemas de segurança totalmente automáticos, alguém pode invadi-los, travá-los e até mesmo apagar as luzes do local antes de entrar nele”, alerta Walker White, CTO do provedor de soluçõesBDNA. Isso não significa que devamos evitar a internet das coisas, já hoje uma realidade irreversível e que trará enormes benefícios. “A resposta é sempre agir com cautela”, recomenda White.
Por ser irreversível, a quinta tendência é justamente a adoção da internet das coisas por todos os tamanhos de negócios, sobretudo os pequenos, que normalmente aderem mais tarde às tecnologias. Waqas Makhdum, vice-presidente de marketing da plataforma Kii , recomenda investimentos principalmente em tecnologias de sensores, análise de dados e infraestrutura para abarcar todo o volume de conectividade resultante. O treinamento de pessoal tanto para relação com clientes como para processos internos também deve ser prioridade para que se obtenha a maior vantagem possível da internet das coisas. “Enfrentaremos em tempo real desafios inesperados e imprevistos, por isso é importante a colaboração mútua da indústria, em consórcios, por exemplo, para nos prepararmos a essa nova realidade”, sugere Makhdum.
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