De que modo a busca pelo Omni Channel transformou as prateleiras do varejo e as tecnologias como a identificação por radiofrequência (RFID) serão destaques no setor
Por Luiz Carlos Peleckas
Unir o virtual ao físico. O tão aclamado Omni Channel está transformando as operações do varejo como um todo. Nos inúmeros processos impactados pela adoção do conceito, a gôndola expositora de produtos foi um dos componentes que mais recebeu melhorias, deixando de ser apenas um local para apresentar produtos para tomar parte fundamental na estratégia de marketing e operações das empresas.
Segundo pesquisa da Nielsen, hoje 70% das decisões de compra são tomadas na frente da gôndola, o que mostra a importância delas no resultado final de uma loja. Mais que integrar os canais de vendas físicos e virtuais, atualmente as várias tecnologias existentes na gôndola de varejo aproximam o consumidor do lojista, o que permite ao gestor direcionar seu cliente, usando a tecnologia como canal de comunicação.
Etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID), tecnologia NFC (Near Field Communication ou comunicação de campo próximo), beacons e etiquetas eletrônicas de preços são algumas das opções tecnológicas que já estão disponíveis no mercado e estabelecem conexão com o consumidor, seja ela feita por meio de mensagens para smartphone ou apelo visual, um dos atrativos das etiquetas eletrônicas, por exemplo.Além do resultado na operação de frente de loja, as novas soluções disponíveis conseguem dar todo o background tecnológico para gestão de loja. As etiquetas eletrônicas revolucionaram a precificação, permitindo que os varejistas alterem preços em tempo real, independentemente da localização das lojas ou número de etiquetas utilizadas, utilizando cores e alertas luminosos para destacar promoções e produtos estratégicos, sinaliza e fornece informações para a operação de chão de loja.
Sensores de RFID podem ser acoplados aos produtos, acompanhando sua localização dentro da loja, fornecendo um inventário em tempo real. O mesmo pode ser feito com os beacons, que irão dar a localização em tempo real do consumidor, criando o “caminho de ouro” no varejo físico, estratégia que antes só era possível no e-commerce. Outro ponto importante é o uso de coletores de dados com realidade aumentada, que permite fazer conferência do local de exposição de cada produto, onde a máquina analisa a gôndola física e a compara com a virtual, orientando o repositor onde colocar cada mercadoria ou verificar ruptura.
Se tantas opções já estão disponíveis, o que podemos aguardar para um futuro próximo? Com certeza a evolução das tecnologias já existentes. Display eletrônicos que reproduzem vídeos, podendo ilustrar o uso do produto, trazer informações técnicas ou até mesmo chamar a atenção do consumidor, etiquetas eletrônicas que checam a gôndola e notificam rupturas a operação, coletores de dados que projetam virtualmente uma gôndola, dando um panorama real para o repositor ou projetando imagens para melhor a experiência de compra ao cliente, o que podemos afirmar com certeza é o refinamento da relação entre varejo e consumidor, o que irá proporcionar uma experiência de compra cada vez mais eficiente e personalizada.
Luiz Carlos Peleckas, Engenheiro de Aplicações da Seal.
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