- O hospital implementou etiquetas para o monitoramento da temperatura de suas geladeiras e o rastreamento de equipamentos;
- A automatização dos processos garantiu maior produtividade de seus colaboradores, maior segurança aos pacientes e, ainda, evitou o desperdício de produtos farmacêuticos
A automatização de processos na área hospitalar tem garantido maior eficiência, produtividade e redução de custos. Sempre atento as novas tecnologias do setor, o Hospital Santa Catarina, localizado em São Paulo e referência de qualidade na prestação de serviços de saúde no Brasil, implementou a solução RTLS (Sistema de localização em tempo real), para o monitoramento de temperatura nos refrigeradores e a rastreabilidade dos equipamentos da engenharia clínica em tempo real. A solução ajudou a melhorar os serviços de atendimento aos pacientes e a evitar desperdícios de medicamentos que ficam armazenados nas geladeiras.
O hospital contou com a Seal Tecnologia, empresa atua no mercado de soluções dedicadas a processos de automação com código de barras, coletores de dados, redes sem fio e RFID, para implementação da solução RTLS da AeroScout Wi-Fi. O projeto, que teve início em janeiro de 2013, foi realizado em duas etapas. A primeira foi a implementação de etiquetas em 15 refrigeradores, para o controle automatizado da temperatura. No segundo momento, e em fase piloto, o hospital implementou as etiquetas para rastreabilidade de seis principais equipamentos da engenharia clínica, sendo a bomba de infusão, compressor, manta, raio x móvel, e no setor de hotelaria, um carrinho de bagagem e uma cadeira de roda. O hospital pretende ampliar o rastreamento para todos os seus equipamentos, totalizando dois mil novos equipamentos.
O Hospital Santa Catarina tem uma estrutura de 59 mil m², 337 leitos gerais e 58 de Maternidade, mais de 2.300 colaboradores e cerca de cinco mil médicos cadastrados no Corpo Clínico. Por mês, são realizados, aproximadamente, 360 partos e 2.400 cirurgias nas 24 salas distribuídas pelos dois Centros Cirúrgicos e um Centro Obstétrico.
Automatização e controle
Antes da automatização do processo de monitoramento da temperatura nas geladeiras, os funcionários do hospital faziam esta checagem manualmente, ou seja, liam o termômetro e escreviam as temperaturas em um papel, por diversas vezes ao dia. Com a automatização, os funcionários responsáveis pela checagem manual agora podem destinar seu tempo em outras atividades que agregam mais valor ao hospital e pacientes. Além da confiabilidade das informações, o sistema permite que o funcionário responsável seja avisado, por meio de alertas via e-mail e SMS, de alguma variação de temperatura.
“É imprescindível o controle da temperatura das nossas geladeiras, pois além da questão econômica, já que temos geladeiras que armazenam medicamentos que podem chegar a um milhão de reais, os nossos pacientes precisam estar assegurados quanto a qualidade dos medicamentos, uma vez que tratamos de doenças de alta complexidade”, afirma Antônio Mascaro, supervisor de TI do hospital.
Ainda de acordo com Mascaro, o monitoramento de temperatura manual não fornecia detalhes satisfatórios, já que o controle não era realizado sempre no mesmo horário e com a mesma frequência. Para ele, o sistema automatizado ajuda a visualizar a qualquer hora e em tempo real todo o cenário de temperatura dentro dos refrigeradores, possibilitando um acompanhamento mais assertivo e, evitando também, o descarte de medicamentos que poderiam sofrer com alteração de temperatura.
Ainda em fase piloto, o hospital também realizou a implementação de etiquetas nos principais equipamentos da engenharia clínica. Segundo Mascaro, o primeiro grande ganho com a rastreabilidade foi o controle de localização. “Um funcionário pode levar minutos procurando um equipamento por todo o hospital. Com o sistema, ele sabe onde está este equipamento em questão de segundos, o que aumenta a rapidez no atendimento. A bomba de infusão, por exemplo, é um aparelho que circula muito e pode gerar perda de tempo e produtividade caso seja necessário ficar procurando o aparelho”, afirma.
Para Mascaro, um dos grandes ganhos com a solução foi ter o acesso as informações em tempo real e também os dados históricos destas informações, o que evita gasto de tempo e possibilidade de manutenção prévia dos equipamentos em datas corretas. “Nós já estávamos estudando esta tecnologia desde 2010, preocupados com a melhoria contínua dos processos em prol da segurança do paciente. Nosso principal ganho foi, sem dúvida, a melhoria e segurança do atendimento aos pacientes. Outro grande ganho foi o histórico das informações, o que nos ajuda a justificar, por exemplo, o budget de melhoria de equipamentos com fatos comprovados, como uma troca de geladeira que vem apresentando variação constante de temperatura. Ou até deixar de gastar na compra de um equipamento, por perceber que o mesmo fica parado em algum lugar sem o devido uso”, afirma.
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